1º Bimestre
PADRÃO DE BELEZA CORPORAL:
SERÁ QUE FOI SEMPRE ASSIM?
Nas redes sociais, nas telas da televisão, nas capas de revistas, são inúmeros os meios midiáticos em que somos bombardeados diariamente com imagens e discursos sobre o corpo perfeito.
Como se beleza estivesse diretamente relacionada a padrões que só conseguiremos se estivermos em determinado lugar, utilizarmos algum produto, praticarmos aquela atividade física e/ou exercício
físico, vestirmos aquela marca de roupa. Magro, forte, definido, musculoso são os corpos expostos.
Você já parou para pensar sobre os padrões do século XXI? Quais os discursos presentes nas mídias
para convencer o consumo dos produtos destinados à busca do corpo “perfeito”? Corpo ideal é sinônimo de corpo saudável?
Para tentar desmistificar algumas questões e discursos construídos socialmente e presente nas
diversas mídias iremos fazer uma rotação por estações, realizando a leitura dos diversos discursos presentes em cada estação.
A seguir vamos responder as questões observadas em cada uma das estações.
Na sequência fique por dentro do que será observado e analisado pelos grupos nas 4 estações: Leitura de texto, leitura de imagem, apreciação de vídeo e passeio pelas redes sociais de
pessoas famosas.
Estação 1: Leitura do texto
As mídias (jornais, revistas, televisão, cinema, outdoors, internet etc.) são as principais
responsáveis pela difusão de modelos de beleza em nossa sociedade. O “ideal” de beleza
feminino é associado à juventude, pele e olhos claros, magreza, corpo cheio de “curvas” etc.,
assim como em relação à beleza masculina, esse conceito é associado a homens jovens,
brancos, magros e musculosos.
Algumas teorias da comunicação sugerem que as mídias possuem a capacidade de nos
convencer e persuadir e que a propaganda, por exemplo, cria necessidades de consumo, e por
isso compramos coisas de que, se pensarmos bem, não precisaríamos. Outras teorias propõem
que as mídias não intervêm assim tão diretamente, mas influenciam o modo como construímos a
imagem da realidade social e como escolhemos os assuntos que julgamos ser importantes para
nossa vida, modelando, portanto, nossos modos de pensar, sentir e agir.
De qualquer modo, há consenso de que as mídias exercem influência decisiva no âmbito da
Cultura de Movimento ao propor entendimentos do que são e para que servem o esporte, a
ginástica, a dança etc. E fazem isso não de modo “neutro” ou balizadas apenas por critérios técnicocientíficos, mas de modo interessado, para vender, além de si mesmas, produtos e serviços. Por
isso, as mídias não só divulgam o esporte, a ginástica etc., mas são agentes que participam
decisivamente no processo de transformação dessas práticas e na constituição de novas formas
de consumo.
Por sua vez, a ginástica, em seus vários tipos e formas, é associada à busca desse ideal. Basta
prestar atenção em revistas voltadas ao público adolescente e jovem (em especial ao feminino), à
venda em qualquer banca de jornal, e constatar o que apenas sugerem ou mesmo o que prometem
explicitamente: emagrecimento (em conjugação com dietas, cosméticos e cirurgias), acompanhado
de definição e hipertrofia muscular. Nota-se ainda a tendência de indicar a ginástica aeróbica, a
caminhada e a corrida com o objetivo de perder calorias (e, portanto, emagrecer), e a ginástica
localizada e a musculação para definição e hipertrofia muscular. Para as mulheres, enfatizam-se os
exercícios para glúteos e coxas, e para os homens, braços e peitoral.
Estação 2: Leitura da Imagem
Pesquise em sites de busca imagens de capa de revista feminina e masculina ao longo das
épocas, anos 60, 70, 80, 90 e assim por diante até a atualidade, observe e analise a mudança nos
padrões corporais.
Estação 3: Apreciação de Vídeo
Pesquise em sites de busca na internet por vídeos de propaganda de cinta modeladora. Utilize
palavras chave, como: “Propaganda cinta modeladora”, a fim de direcionar sua busca ao
objetivo desejado.
Estação 4: Passeio pelas redes sociais de pessoas famosas
Nesta estação vocês acessaram a página de Instagram e/ou
Facebook de uma pessoa que consideram famosa. O interessante é que todos os grupos
possam entrar em uma mesma página. Combinaremos isto juntos.
Agora que vocês vivenciaram todas as estações responda o questionário abaixo e posteriormente socialize com a sua turma cada questão.
Clique no link abaixo e responda o questionário:
____________________
2º Bimestre
Tema – O Corpo Fala, combatendo preconceitos!
Nas redes sociais, nas telas da televisão, nas capas de revistas, são inúmeros os meios midiáticos em que somos bombardeados diariamente com imagens e discursos sobre o corpo perfeito.
Como se beleza estivesse diretamente relacionada a padrões que só conseguiremos se estivermos em determinado lugar, utilizarmos algum produto, praticarmos aquela atividade física e/ou exercício
físico, vestirmos aquela marca de roupa. Magro, forte, definido, musculoso são os corpos expostos.
Você já parou para pensar sobre os padrões do século XXI? Quais os discursos presentes nas mídias
para convencer o consumo dos produtos destinados à busca do corpo “perfeito”? Corpo ideal é sinônimo de corpo saudável?
Para tentar desmistificar algumas questões e discursos construídos socialmente e presente nas
diversas mídias, tivemos nossos seminários sobre Padrões de Beleza. Agora é hora de responder o questionário sobre como vejo meu corpo neste período histórico.
Clique no link abaixo e responda o questionário:
Tema – Preconceitos e estereótipos nos esportes
A partir de qual mídia você tem acesso às transmissões
esportivas? Qual esporte tem maior destaque na mídia?
Por quais fatores um esporte ganha mais destaque na mídia
do que outros? Há algum preconceito nisso?
Os comportamentos dos atletas, por vezes estereotipados,
podem influenciar o público? Se sim, cite alguns.
Registre em seu caderno suas conclusões. Você poderá
compartilhar com seu/sua colega para ver se têm as mesmas opiniões.
LEITURA:
Corpo, preconceitos e estereótipos nos esportes
Desde sua criação, os esportes
têm evoluído continuamente. Essas transformações vêm marcadas por mudanças de
paradigmas, preconceitos, estereótipos e influências. Entendemos o esporte como
toda atividade competitiva do corpo humano, sendo regida por regras
preestabelecidas a fim de alcançar determinados objetivos. Dessa forma, o
esporte moderno possui grande relevância na construção da sociabilidade.
O corpo é um elemento central
no esporte, pois é o meio pelo qual os atletas se expressam e competem. O corpo
também é alvo de preconceitos e estereótipos, que podem limitar o acesso ao
esporte e às oportunidades de sucesso para determinados grupos sociais.
Um dos principais preconceitos
relacionados ao corpo no esporte é o sexismo, que associa as mulheres a um
corpo frágil e pouco apto para a prática esportiva. Esse preconceito pode levar
à discriminação contra mulheres em esportes como o futebol, o levantamento de
peso e o boxe.
Outro preconceito comum é o
racismo. O futebol, por exemplo, é um esporte que se tornou um espetáculo
massificado – porém, na época de sua criação pelos ingleses, o futebol moderno
era uma modalidade praticada predominantemente pela elite da sociedade da
época. Em São Paulo, era uma prática da elite paulista até sofrer rupturas e se
transformar em uma atividade de lazer dos operários das fábricas e dos
imigrantes que aqui vieram trabalhar.
O futebol naquela época era
tão elitizado e excludente que não eram aceitos atletas mestiços e negros.
Toleravam alguns pobres, desde que fossem brancos.
Em 1914, o time do Fluminense
tentou disfarçar a cor do atleta Carlos Alberto com pó de arroz; o mesmo
aconteceu com o atleta Jurandir, do time do São Paulo. Conforme relato dos
jogadores, ao transpirar, o produto foi saindo, motivo pelo qual a torcida do
São Paulo ganhou o apelido de “pó de arroz”. No Rio Grande do Sul não foi muito
diferente – como o time do Grêmio e o time do Fussball Porto Alegre (extinto em
1944) só aceitavam alemães; então os irmãos Poppe, comerciários vindos de São
Paulo, fundaram o Internacional, que aceitava integrantes de todas as
nacionalidades.
Na contemporaneidade, o
futebol se popularizou no mundo todo, tornando-se uma “prática esportiva das
massas”. No Brasil, o futebol alcançou um estrondoso sucesso nacional, levando
grandes plateias para assistir aos jogos e passando a ser praticado em qualquer
lugar, como em praias, nos campos de várzea, em clubes, nas ruas etc.
Atualmente, para jogar
futebol, basta um objeto qualquer para ser a “bola” e a “pelada” já pode rolar
solta. Mesmo assim, ainda podemos presenciar em vários locais do mundo, durante
as transmissões pela mídia, atitudes de preconceito contra jogadores negros.
A Fifa, entidade máxima que
rege o futebol mundial, já puniu vários clubes e torcidas por conta de atitudes
racistas.
Há, ainda, outros tipos de
preconceitos relacionados ao corpo e à prática esportiva, como:
Gordofobia: que
associa pessoas gordas à inadequação para a prática esportiva;
Etarismo: que
discrimina pessoas idosas na prática esportiva;
Intolerância
religiosa: que discrimina pessoas que seguem religiões ou crenças
diferentes da maioria.
Não esqueçam de realizar as tarefas do CMSP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário